Gás de cozinha fica mais caro no Pará; veja quanto vai custar

Com base nos dados da Agência Nacional de Petróleo – ANP, o DIEESE/PA realizou uma pesquisa sobre o comportamento dos preços médios do botijão de gás de cozinha de 13 kg, comercializado em postos de revenda de todo o Brasil, que tem sido alvo de reajustes, com algumas cidades registrando valores acima de R$ 110. Os recortes são comparativos de preços dos últimos 12 meses por Unidades da Federação e Municípios. 

Segundo a pesquisa, a nível nacional, o preço de comercialização do botijão de gás de 13 kg ficou mais caro, custando em média cerca de R$ 108,01. O aumento registrado foi de 6,06%. Na Região Norte, a média de venda da unidade do produto alcançou o valor de R$ 119,35 ficando mais caro em cerca de 4,62% e, no caso do Estado do Pará, com preço médio de revenda de R$ 112,49 o aumento acumulado chegou a quase 5,00% (tabela 1).

As análises do DIEESE/PA mostram ainda que, os preços médios de comercialização da unidade do Botijão de Gás de 13 kg, registradas na Região Norte e no Estado do Pará são bem maiores que a média nacional. Em outra analise, desta vez considerando todas as Unidades da Federação é possível observar que os maiores preços médios do Botijão de 13 kg se concentram nos sete Estados da Região Norte, com destaque para Roraima que ocupa o primeiro lugar no ranking da carestia nacional. No caso do Pará, registramos a 11º posição, com o custo médio de R$ 112,49 pela unidade do produto e com valores de R$ 84,99 a 150,00 entre quem vende mais barato e mais caro (tabela 2).

Este Estudo produzido pelo DIEESE/PA também analisou os dados da ANP, considerando o recorte de municípios brasileiros. Neste contexto, ao menos entre as 15 primeiras posições de preços mais altos de comercialização da unidade do botijão, dois municípios paraenses se destacam: na 1º posição temos Paragominas com preço médio de R$ 148,57 e em 12º o município de Parauapebas com o preço médio de R$ 130,83 (tabela 3).

No Estado do Pará, a aquisição do Botijão de gás é composta de imensos desafios, como por exemplo, sua distribuição considerando a grande extensão territorial, sejam elas áreas rurais ou mesmo comunidades tradicionais que ainda enfrentam dificuldades para acessar o produto forma regular, segura e com preços mais equilibrados.

Em todo o Pará, as análises do DIEESE/PA mostram que a maioria dos trabalhadores paraenses são assalariados e, já gastam mais da metade do que ganham na compra de alimentos básicos, portanto sobra pouco para adquirir o botijão de gás de 13 kg que, dependendo do lugar de compra e pelo valor mais alto (cerca de R$ 150,00) pode comprometer mais 10,0% deste mesmo salário mínimo. Ampliar o acesso ao gás de cozinha contribui para a inclusão social, melhora as condições de vida, promove a saúde pública, e ainda pode ajudar na preservação do meio ambiente.