Luiz Omar Pinheiro pede renúncia geral no Paysandu: 'Tem que sair todo mundo'

Ex-presidente do clube critica gestão dos últimos anos e pede afastamento de diretoria, conselheiros e beneméritos ligados à chapa Novos Rumos.

Publicado em 23 de dezembro de 2025 às 10:38

Luiz Omar Pinheiro protestou nas redes sociais - 
Luiz Omar Pinheiro protestou nas redes sociais -  Crédito: Reprodução

Ex-presidente do Paysandu Sport Club entre 2008 e 2012, Luiz Omar Pinheiro se manifestou publicamente nas redes sociais após a renúncia de Roger Aguilera ao comando do clube, anunciada na tarde desta segunda-feira (22). O empresário avaliou que a saída do então presidente não é suficiente para resolver a crise enfrentada pelo Papão e defendeu uma reformulação completa na estrutura política da instituição.

Em tom duro, Luiz Omar afirmou que toda a cúpula ligada à atual gestão deveria deixar o clube, citando nominalmente a chapa Novos Rumos, que está à frente do Paysandu há mais de uma década. Segundo ele, a renúncia deveria alcançar não apenas a diretoria executiva, mas também o Conselho Deliberativo e parte dos beneméritos e grandes beneméritos indicados durante esse período.

“Não basta só ele renunciar. Tem que renunciar toda a diretoria, todo o Conselho Deliberativo e principalmente esses beneméritos e grandes beneméritos feitos de forma irresponsável, que não honram o nome do Paysandu”, declarou. Luiz Omar também afirmou que Roger Aguilera deveria deixar formalizada uma confissão de dívida para arcar com os débitos acumulados durante sua gestão.

O primeiro ano do mandato de Roger Aguilera, eleito para o biênio 2025/2026, foi marcado por um cenário conturbado dentro e fora de campo. O clube acabou rebaixado à Série C do Campeonato Brasileiro com antecedência e passou a enfrentar uma grave crise financeira, que resultou em uma série de ações trabalhistas movidas por atletas e ex-funcionários.

Na nota em que comunicou sua renúncia, Aguilera lamentou os resultados esportivos e administrativos do período, relembrou sua relação de mais de 20 anos com o Paysandu e afirmou que continuará apoiando o clube, mesmo sem ocupar cargo oficial. A saída do dirigente, no entanto, não encerrou o debate interno sobre responsabilidades e rumos da gestão bicolor, que segue sendo alvo de críticas de antigos dirigentes e parte da torcida.