Lula se reúne com ministros do STF para discutir indicação de substituto de Barroso

O nome escolhido pelo presidente para o STF passará por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e, depois, pelo crivo do plenário.

Publicado em 15 de outubro de 2025 às 09:35

Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva Crédito: Ricardo Stuckert PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para uma conversa reservada, na noite dessa terça-feira (14), no Palácio da Alvorada, para tratar sobre a indicação do nome que vai substituir o ministro Luís Roberto Barroso na Corte brasileira.

O favorito de Lula para ocupar a vaga de Barroso, que anunciou aposentadoria antecipada, é o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias. Decano da Corte, Gilmar Mendes - que participou da reunião com o presidente - tem outro preferido: o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Os ministros do STF Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes e Flávio Dino, e o titular da Justiça, Ricardo Lewandowski, também estavam presentes no Alvorada.

Além de Gilmar, Dino e Alexandre de Moraes defendem a indicação de Rodrigo Pacheco para ocupar a vaga no Supremo. No entanto, presidente Lula tem outros planos para o senador. Lula quer que Pacheco seja candidato ao governo de Minas Gerais, em 2026. O PT não tem concorrente forte em Minas Gerais e Lula precisa de um representante forte em Minas, segundo colégio eleitoral do País.

O presidente avalia que Messias está "maduro" para o cargo e não é uma aposta de risco. Evangélico e frequentador da Igreja Batista, o advogado-geral da União conta com a confiança de Lula e tem ajudado o governo a se aproximar do segmento.

O nome escolhido pelo presidente para o STF passará por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e, depois, pelo crivo do plenário. Ao contrário de outras vezes, Lula tem sinalizado que quer fazer logo sua indicação para a Corte.

Nos bastidores, presidente Lula já deixou claro que o critério principal de sua escolha será a confiança, o mesmo utilizado nas indicações de Zanin e Dino.