Publicado em 28 de outubro de 2025 às 11:15
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, nesta terça-feira (28), que as medidas de revisão de gastos desenhadas pelo governo devem ser transferidas do Projeto de Lei (PL) do Metanol para outro texto. A sugestão partiu do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que indicou maior afinidade temática com outra medida.>
"Como, para nós, o que importa é votar, nós deixamos ao critério dele Motta, e parece que ele está inclinado a colocar em um projeto que tenha pertinência para o tema", disse Haddad a jornalistas na portaria do Ministério da Fazenda, em Brasília.>
Haddad indicou que as medidas poderiam ser apensadas a um projeto do ex-ministro Juscelino Filho (União Brasil-MA), sem mencionar qual. Um PL relatado por Juscelino, que institui o Regime Especial de Atualização e Regularização Patrimonial (Rearp), está pronto para ser votado no Plenário da Câmara.>
Medidas de corte de gastos, por meio de revisões nas regras do seguro-defeso e do AtestMed, foram incluídas no PL do Metanol na sexta-feira (24), por iniciativa do relator, o deputado Kiko Celeguim (PT-SP).>
Segundo Haddad, as ações representam cerca de 60% do impacto previsto na Medida Provisória (MP) 1.303, que trazia alternativas à alta do IOF e foi derrubada pelo Congresso no início do mês.>
O ministro relatou que foi procurado na semana passada por Motta, que teria dito que há alguns parlamentares disponíveis para apensar as medidas.>
Indagado sobre declarações do líder do PL na Câmara, Sostenes Cavalcante (RJ), Haddad disse que o partido muitas vezes votou a favor da correção de distorções tributárias. Segundo ele, uma ala da sigla chegou a se rebelar contra o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.>